Os Rams e as peculiaridades de jogar em Los Angeles


Em janeiro de 2016 o antigo St. Louis Rams anunciava a sua volta a cidade de Los Angeles. Muito foi falado na época, e o tempo mostrou que essa foi uma decisão mais que acertada por parte de seu dono Stan Kroenke. Já o mesmo não pode ser dito do antigo San Diego Chargers, que tomou a mesma decisão um ano depois e passaram a dividir a cidade. A partir dai iniciou-se uma corrida para angariar torcedores para a franquia e hoje, em 2018, não existem duvidas de que o trabalho que o Rams vem fazendo é bastante superior ao do Chargers.

                Depois de trocar pela primeira escolha geral do Draft de 2016 e selecionar Jared Goff, iniciou-se o vitorioso planejamento que fez com que a franquia seja uma das favoritas na briga pela NFC. Planejamento esse que foi primordial para o iminente sucesso da equipe com a cidade de Los Angeles. Após um péssimo primeiro ano em 2016, a torcida local não tinha a menor expectativa com a equipe, e o que se via eram estádios vazios e falta de apoio. No entanto, isso começou a mudar com a melhora da franquia e a ida aos playoffs, porem, ainda está faltando um degrau.
                Em 2020 o novo Estádio do Rams estará pronto. Mais um importante passo para a torcida se ambientar a franquia. Atualmente jogando no Los Angeles Memorial Coliseum, o estádio não tem o luxo e conforto que já são rotineiros nos estádios da NFL. Com assentos simples, sem cobertura e lugares privilegiados, a atual casa do Rams ainda é um empecilho para o apoio da torcida. Além disso, sua localização é considerada de risco, em um bairro perigoso da cidade. Essa soma de fatores dificulta sua adaptação, e o modo como a equipe se prepara para vencer já esse ano vai de encontro com esse torcedor “acomodado” que prefere esperar sua nova arena estar pronta para poder apoiar a equipe.

                Então, em 2018 a franquia entrou no modo win now. Foram diversas trocas realizadas a fim de trazer os maiores nomes de peso e impacto imediato possível. Aqib Talib, Marcus Peters e mais recentemente Brandin Cooks se juntam a um jovem e forte elenco, que contou também com a contratação de grandes free agents, como o caso de Ndamukong Suh. Tudo isso aproveitando o fato de seu Quarterback estar em contrato de calouro, tornando o salary cap da equipe mais maleável a contratações de impacto.
                        A torcida de Los Angeles é conhecida por sua exigência e demanda por estrelas. Tanto na NBA com Lakers e Clippers como na MLB com o Dodgers, sua fanbase foi montada através de vitórias e identificação com os ídolos que as franquias traziam. A cidade de Los Angeles não sabe perder, e qual a maneira mais fácil de trazer o apoio pra si do que contratar estrelas? É exatamente isso que o Rams está fazendo.


Ser competitivo, vencer e fazer sucesso tem um preço. Um preço que os Rams escolheram pagar. Se ele dará frutos no futuro ou não, só o tempo poderá dizer. O importante é que todo planejamento foi feito da maneira correta. Grandes estrelas, jovens jogadores, personalidades fortes e grandes comandantes. Essa é uma formula historicamente positiva, e um grande mercado como LA merecia esse status. Os moradores da segunda maior cidade dos Estados Unidos, depois de ter grandes títulos e alegrias nos outros esportes da cidade, ganham mais um para poder assistir e o mais importante para eles, comemorar vitórias.

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